Sempre que tenho oportunidade, me manifesto sobre a importância de defendermos a natureza, nossos ideais e sonhos, um país mais justo para todos e principalmente, a liberdade e a paz!
Sou brasileira, amo o meu país e desejo um futuro melhor para as novas gerações.
E quando falo em liberdade, estou falando na liberdade no sentido amplo, inclusive na liberdade de manifestação em prol dos interesses coletivos.
O Brasil está vivendo um momento de patriotismo, onde o povo saiu da passividade e assumiu a defesa de seus direitos e nunca se viu tanta gente nas ruas, protestando.
Algo que começou como uma gota, o aumento das passagens dos transportes públicos de São Paulo, transbordou num rio de reinvindicações, em todos os cantos do país.
Os protestos tiveram início em São Paulo, no início da semana.
Na minha cidade, Sorocaba, no Estado de São Paulo, ontem (20/06/13) ocorreu a primeira manifestação, com milhares de pessoas nas ruas.
O povo reinvindica melhorias em todos os campos sociais, reforma política e tributária, o fim da corrupção, a não aprovação das Propostas de Emendas Constitucionais 33 e 37, repudia os gastos para a Copa das Confederações e do Mundo e a punição dos integrantes da maior rede de corrupção já comprovada no país.
As redes sociais estão cheias de chamadas, fotos do movimento, desabafos, elogios e críticas. Há quem defenda a ideologia partidária e quem prega o anarquismo. Infelizmente, como em todo movimento, muitos atos de vandalismo acontecem e muita gente se aproveita da situação.
Mas, o momento é preocupante. Quem já viveu outros momentos políticos no Brasil, sabe que estamos vivendo um momento novo, com uma crise da representação política.
Mas não podemos esquecer que os partidos políticos são necessários numa democracia e o sistema brasileiro prevê a pluralidade de partidos.
Não podemos cair na armadilha de deixar que o clima de insegurança nos leve ao que aconteceu em 1964, com o golpe de Estado que instaurou a ditadura no país.
O povo está aguardando um pronunciamento por parte do Governo, uma vez que não basta reconhecer a legitimidade das passeatas. É preciso assimilar o desejo coletivo e agir em nome e segundo a vontade do povo, que é o verdadeiro dono do poder.
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