A PÁSCOA
ANTES UM PÁSSARO NA MÃO DO QUE DOIS VOANDO....
"Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso um grande coração para incluir os espinhos"
(Clarice Lispector/ pensamento budista)
SEMENTES - ASSIM COMO O AMOR - SÃO PROMESSAS
... que precisam ser plantadas para se cumprir!
Quando o medo deixa a vida entre parênteses
Professor - desejo de ensinar e arte de aprender!
QUANDO CHEGA UM GRANDE AMOR
A VIDA, SEMPRE UM DESAFIO.
Um amigo postou uma mensagem em sua página do Face, eu gostei muito, é sempre um grande desafio viver e falar sobre essa complexidade.
ANTES UM PÁSSARO NA MÃO DO QUE DOIS VOANDO....
Esse ditado popular é muito antigo. Cada um pode fazer a sua leitura pessoal dele, mas sempre gostei de refletir sobre essas frases que fizeram parte do imaginário de muita gente e que continuam válidas para muitas situações.
Eu poderia dizer também que "aquele que está com o pé em duas canoas a qualquer momento pode cair no rio" ou "quem muito quer, nada tem".
Todos nós já passamos pelo mundo dos desejos, das ambições, da vontade insana de não conhecer frustrações.
Todos nós queremos amar e sermos amados, compreendidos, olhados... Queremos reciprocidade.
O nosso desejo de amor deve expandir nosso coração e criar espaços para uma felicidade plena e isso é impossível onde não existe verdade e entrega incondicional.
Agradeço a Deus o olhar apurado e atento, a intuição e a percepção de quem ouve, lê, reflete e percebe o dito e o não dito e o que vai nas entrelinhas.
Nossa vida é feita de escolhas e para cada escolha que fazemos, sempre haverá a perda daquilo que não escolhemos.
Sempre me lembro de minha mãe dizendo:
- Não dá para ter os dois, você precisa escolher entre o sapato e o vestido.
Às vezes é mesmo difícil escolher, mas nesse processo de escolha, não podemos usar as pessoas; pessoas existem para serem amadas e não usadas. E muitas vezes nem é uma questão de escolha. Talvez seja uma falha de caráter, o medo de escolher mal ou de ficar sozinho.
Mas, a dúvida na escolha ou o medo da solidão não são justificativas para que alguém machuque as asas do pássaro que pousou no seu dedo porque você o cativou.
Não podemos querer ter os dois pássaros nas mãos. Não podemos achar que somos espertos, o bastante, para aprisionar aqueles que nasceram com asas e que não aceitam vivenciar situações onde se ama pela metade, porque aquele que se divide entre dois pássaros, só sabe amar pela metade e só oferece meia liberdade.
Se assim fizermos, nos arriscamos a perder tudo: os amigos, a oportunidade, o aprendizado equem sabe até o grande amor da vida...
Quem muito quer, nada tem. Os dois pássaros podem voar e suas mãos ficarão vazias...
"Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso um grande coração para incluir os espinhos"
(Clarice Lispector/ pensamento budista)
As pessoas são muito diferentes em suas histórias de vida, suas maneiras de enxergar o mundo, sua preferências e tudo isso influencia na maneira como se relacionam.
Se relacionar com alguém, seja no plano amoroso ou da amizade, exige aprender a respeitar as diferenças e, se não gostar, pelo menos respeitar os gostos do outro, aprender a conviver com seus defeitos e admirar suas qualidades.
Nos apaixonamos pelos aspectos mais perfeitos da personalidade que o outro nos revela, mas conviver com os defeitos do outro é um aprendizado que pede tempo, paciência, tolerância, inteligência e investimento. Todos querem alguém que o entenda e olhe os seus defeitos com ternura, mas poucos estão dispostos a investir na construção de um relacionamento feliz.
Precisamos compreender o que julgamos ser um defeito do outro, porque também os temos. E muitas vezes, o que percebemos como defeito no outro não é senão uma representação dos nossos próprios defeitos.
Sempre que penso nesse assunto, lembro-me da fábula dos porcos-espinhos:
"Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos perceberam a situação e resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.
Mas, os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam calor. Por isso, tornaram a se afastar uns dos outros.
Para não morrerem congelados, precisavam fazer uma escolha: ou aceitavam os espinhos do semelhante ou morreriam congelados e a espécie desapareceria.
Com sabedoria, resolveram voltar e ficar juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação próxima poderia causar, uma vez que o mais importante era o calor do outro."
O Padre Fábio de Melo também fala poeticamente sobre isso:
"A cada dia o jardineiro perdoa as suas roseiras... A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas."
À primeira vista, toda rosa é esplendorosa, perfeita, perfumada e nos atrai... mas quando nos aproximamos e a tocamos, se não o fizermos com delicadeza, essa mesma rosa linda e perfumada poderá nos ferir com seus espinhos. Então, revoltados com a nossa rosa, nos afastamos do seu perfume e nos esquecemos da sua beleza e da sensação de paz que essa rosa já nos proporcionou.
Não podemos colocar a culpa na rosa, aliás, nunca gostei da palavra culpa, ela sempre me traz a noção de pecado ou de algo errado. Prefiro chamar de insensibilidade, inabilidade, de falta de tato e de cuidados.
Penso que é preciso curar as feridas deixadas pelos espinhos, com amor, trabalhar para superar a dor, com calma, sem pensar em ferir de volta e se dando um tempo para vivenciar o sofrimento deixado pelos espinhos do outro.
Nem sempre é fácil superar alguns traumas deixados por alguns espinhos, principalmente quando eles vem de alguém que amamos, a quem nos dedicamos, mas o perdão é necessário, até para que o ofendido possa sentir paz.
Se a convivência será possível depois de uma grande ferida de amor, depende da gravidade da ofensa, do grau de intimidade de ambos, da importância que cada um tinha na relação e da disposição na reconstrução da relação em novas bases. Muitas vezes a ofensa é perdoada, mas não pode ser esquecida, até para que a pessoa ofendida possa se preservar de novos ferimentos.
Amar apenas as qualidades é fácil, lindo e delicioso, difícil é estar disposto a compreender o outro, respeitá-lo e aceitar o que pode ser aceitado.
Não podemos nos esquecer que o espinho fere e dilacera porque não tem a textura da flor.
SEMENTES - ASSIM COMO O AMOR - SÃO PROMESSAS
... que precisam ser plantadas para se cumprir!
Gostei tanto desse texto que não lhe tiraria nada e nem acrescentaria nada, por isso eu o copiei, na íntegra.
"(...) fiquei intrigada com a força das sementes, geralmente tão pequenas, tão sutis e, paradoxalmente, tão encharcadas de possibilidades, tão encantadoramente preenchidas de potencial! Uma semente é sempre uma promessa de flor, de fruta, de árvore, de vida!
Assim somos nós - sementes plantadas no mundo. Assim é o amor - semente nativa de todo coração humano, por mais que as aparências insistam em aparentar que não...
E justamente por serem sementes, é inevitável: só nascem se forem plantadas. Só crescem se forem cuidadas. Só perduram se encontrarem espaço. Só existem se forem aceitas pela existência. Tal qual o amor!
Tanta gente continua acreditando que não tem sorte no amor, que não dá certo nos relacionamentos, que não consegue ser feliz com alguém...Tanta gente segurando sua melhor semente nas mãos, sem ao menos se dar conta de que ela continua pulsando...
Abra-se, solte-se, plante-se em seu chão e deixe-se nascer. Você é uma promessa em busca de luz. Olhe para o sol, sinta-se deliciosamente invadido pelas inumeráveis possibilidades de revivescer, de transcender, de reincidir em si mesmo o amor que já é seu e que só precisa ser plantado - agora, todos os dias.
Porque quando você acredita - pode apostar - todas as suas células vibram nesta crença, todos os átomos dos quais você é composto se movimentam, rompendo alma, coração, corpo e desejo... E o amor transborda, feito semente que sai da terra em forma de flor.
Mas não é preciso ser especialista em botânica para se dar conta da firme e irrefutável decisão da natureza para se impor a despeito de todas as dificuldades. Aliás, basta observarmos com um tantinho de sensibilidade e descobriremos o quanto as dificuldades podem torná-la ainda mais bela, mais magnânima, mais absoluta.
Então, não espere apenas um calor brando e uma garoa fina em sua vida amorosa, em sua relação de afeto. Apronte-se para as tempestades, para os furacões e os incêndios! Apronte-se para o profundo, o intenso, o difícil, o desafiador.
E quando for plantar a sua semente, não esqueça de adubar a terra com ousadia, audácia e sobretudo, com todo o seu atrevimento em ser, viver e amar!"
(Rosana Braga
Quando o medo deixa a vida entre parênteses
Eu admiro as crianças e os adolescentes, acho que temos muito o que aprender com eles...
As crianças são espontâneas e também muito corajosas. Desconhecem o medo de arriscar e por isso vivem e, geralmente por isso, temos tão belas recordações da infância. Os adolescentes são impetuosos, se lançam em situações sem pensar muito e muitas vezes quebram a cara, mas vivem...
Quando éramos crianças e adolescentes (as pessoas da minha geração lembram muito bem disso), existia o conhecido "correio elegante", que era um pequeno pedaço de papel, geralmente vendido nas festas beneficentes, onde as pessoas escreviam o que sentiam e o que queriam saber do outro e algum amigo se encarregava de entregar e trazer a resposta.
Era um tempo diferente, em que não existia o "ficar" e as pessoas eram romanticamente mais tímidas. Nos relacionamentos, passavam por todas as fases saudáveis: o flerte, o namoro, o noivado e o casamento. Muitos namoros começavam no ambiente escolar e na maioria das vezes se iniciavam com uma bonita amizade. Amor e amizade são sentimentos muito próximos, me arrisco até a dizer que a amizade está contida no amor.
Mas, voltando ao "correio elegante", geralmente as perguntas eram simples e diretas, do tipo: - eu gosto de você e você, gosta de mim?
- quero conversar com você, você quer?
- Você quer namorar comigo? Sim ou não?
A resposta poderia ser o que esperávamos ou não e a partir da certeza, era mais fácil seguir em frente e a vida fluía sem engasgos.
Mas, as pessoas crescem e mudam, ficam medrosas e calejadas a cada decepção sofrida e se fecham mais e mais, desenvolvendo o receio de arriscar a pergunta, se limitam a ler a intenção do outro nas entrelinhas, muitas vezes se iludem preferindo acreditar no que gostariam que fosse, interpretam mal as atitudes e, por medo de perder o que nem sabem se tem, acabam perdendo.
E quando isso acontece, todas as noites acabam por amargurar, dobrar e guardar o amor dentro do peito, colocá-lo para dormir e na manhã seguinte, acordar com a sensação de não saber onde encaixar a saudade, a falta e a raiva de si mesma, por não ter tido a coragem de desengasgar e falar dos sentimentos verdadeiros.
Nada é tão autodestrutivo quanto a insegurança que se carrega por dentro, quanto à sensação de estar perdido no meio da estrada, como a névoa que não se dissipa e impede a clareza do olhar. Nada é pior do que o "talvez"...
Quando os sentimentos ficam engavetados acabam amarelando, cheios de dobraduras inconvenientes, feito aquelas cartas antigas que guardamos bem lá no fundo, onde só nós temos acesso.
A relação mais profunda que podemos ter com o outro ser é a experiência do amor. Ele merece espaço, destaque na primeira página da nossa vida e ser inesquecível pelo que causou e não pelo que poderia ter sido, se tivéssemos a coragem que tem as crianças, para dizer com sinceridade e naturalidade do nosso amor e de perguntar se o outro gostaria de estar conosco nessa linda experiência de olhar o mundo com outros olhos, os olhos da amorosidade.
E enquanto andamos de braços dados com o medo da pergunta e da resposta, jogamos fora as nossas melhores fichas, vamos amarelando cada página da nossa história de vida e perdendo um tempo precioso de amar e de viver!
Professor - desejo de ensinar e arte de aprender!
Nesse dia em que se comemora o Dia do Professsor, preciso dizer que minha vida foi marcada pela presença competente e carinhosa de muitos mestres queridos, muitos inesquecíveis.
Me lembro com saudades de muitos deles, mas alguns foram fundamentais no meu aprendizado de vida: a minha primeira professora, Dona Margarida, que segurava minha mãozinha para que eu aprendesse a puxar a perninha da letra A. Dona Lígia de Almeida, professora de português, que me incentivou a escrever e descobrir a magia das palavras e para quem eu dedico essas singelas palavras.
Jorge Luiz Cammarano González, meu primeiro orientador do mestrado, que me tirou as muletas nas quais eu me apoiava e jogou-as fora, me obrigando a caminhar com minhas próprias pernas e José Luiz Sanfelice, meu segundo orientador, que me acolheu com a maior ternura e respeito que alguém poderia ter por outro ser humano.
Na vida pessoal, divido com vários amigos o privilégio de falar de educação, uma vez que também fui professora, por vários anos, desde o ensino fundamental até a faculdade.
Meu respeito e admiração para as pessoas que dedicam sua vida a repartir, com amor, o conhecimento e a transmitir valores, que outros seres humanos levarão pela vida afora.
Não posso deixar de mencionar Rubem Alves, que citando Nietzsche, fala sobre a alegria de ser educador:
"A felicidade mais alta é a felicidade da razão, que encontra sua expressão suprema na obra do artista. pois que coisa mais deliciosa haverá que tornar sensível a beleza?" Mas esta felicidade "é ultrapassada na felicidade de gerar um filho ou de educar uma pessoa." Para ele, o mestre nasce da exuberância da felicidade.
Eu sei que muitos se desencantam com a profissão, muitas vezes uma árdua tarefa e que a dedicação e o exercício da imortalidade é para poucos. Sei que muitos deixaram murchar a flor da esperança de uma educação mais valorizada e reconheço que triste é a nação que não privilegia a educação.
Mas o professor é um idealista, alguém que sonha com uma sociedade mais justa e mais fraterna e, todos que um dia tiveram a oportunidade de conhecer um verdadeiro mestre ou de exercitar a sublime arte de ser educador, sabem que essa sociedade só acontecerá através da educação.
Agradeço imensamente os mestres que tive, que souberam provocar o meu espanto e despertar a minha curiosidade. Que me ensinaram a andar com passos firmes, que se alegraram com minhas conquistas e que me incentivaram a continuar regando a minha rosa.
Obrigada a todos!
QUANDO CHEGA UM GRANDE AMOR
A gente pode até não querer amar, achar que está vacinada, fechada pra balanço, não ter nada preparado, não ficar procurando evidências, não precisar de razão ou motivo e o ensaio é dispensável. No momento em que a sua resistência pestanejar, ele se instala. Todo o universo conspira para que aconteça e dentre milhões de seres no planeta, os dois irão se encontrar e se identificar. Talvez seja obra do acaso, talvez seja a conspiração dos deuses para viver uma linda história de amor ou talvez já tenham vivido uma história em outras vidas e estejam predestinados ao encontro, para reviver a história inacabada. Mistérios...
Muitos amores chegam de repente e outros chegam devagarinho, nascem de outro sentimento, como a amizade, a admiração e o respeito mútuos.
O susto da descoberta do amor faz com que muitas pessoas recuem, se afastem, mostrem-se indiferentes e sofram, muito mais por medo do que por qualquer outro sentimento. O medo de perder a amizade, medo da rejeição, o medo de que o amor do outro não tenha a mesma intensidade ou correspondência, as comparações inevitáveis, as regras ditadas pela sociedade, as diferenças, tudo parece conspirar contra. Mas se for amor de verdade, nada disso importa. O amor consegue vencer todas as barreiras e se impõe, é capaz de falar a que veio e de mostrar ao mundo a sua grandiosidade.
Quando é amor de verdade, a vida inteira é pequena demais para abrigar tanto sentimento bom. É como aquela música que toca mil vezes, que a gente canta junto e repete, repete, sem enjoar.
E no dia em que o coração deixa que o sentimento fale primeiro, tudo fica muito grande para caber numa palavra, num beijo, num abraço, numa lágrima, numa canção.
A chegada do primeiro momento de amor, o não saber o que fazer com as mãos, o suor que brota nos lugares onde não devia, algumas palavras que saem de forma inadequadas, o frio na espinha e na barriga e o desejo até doído de prolongar cada instante ao lado da pessoa amada.
Ninguém diz tanto o que você quer ouvir como a pessoa amada, nenhum defeito passa da medida do suportável, nenhum abraço acolhe tanto, nenhum beijo cala de forma tão suave e as palavras não são mais necessárias. Torna-se impossível resistir ao amor, nada mais resta a não ser se entregar, de alma, corpo e coração.
Mas para viver um amor assim, é preciso se dispor a despir a alma, abrir os botões da razão, derrubar os degraus que o separam do outro, numa doce e feliz intimidade.
Sorrisos e olhares brilham tanto e tão cheios de coragem e de vontade de amar, que as flores ao redor exalam o cheiro do amor, os pássaros cantam a melodia da felicidade e a estrada fica pequena para o leve caminhar, porque o destino passa a ser: "para sempre".
A VIDA, SEMPRE UM DESAFIO.
Um amigo postou uma mensagem em sua página do Face, eu gostei muito, é sempre um grande desafio viver e falar sobre essa complexidade.
"A vida é um grande e completo texto, que precisa de muitas vírgulas para ser escrito, ainda que essas vírgulas assumam em alguns momentos formatos de lágrimas." (Augusto Cury)
E eu, que tenho o coração saindo pela boca, deixei que ele falasse mais alto, mesmo que atropelando as palavras.
"Táo difícil falar sobre a vida, tão difícil quanto vivê-la, mas sempre um desafio...Tão cheia de momentos felizes e de outros nem tanto.
O nosso grande texto é composto por muitos capítulos e ainda bem que é assim. Em determinados momentos, apenas vírgulas não bastam para a redação que devemos dar a ela, porque entre o início e o término do capítulo existem idéias, interesses e muito sentimento, banhados por sorrisos e também com muitas lágrimas.
Às vezes precisamos de reticências e em outros momentos, de sabedoria, ousadia e coragem para colocar um ponto final e começar um capítulo novo.
Mas, antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: dizer a si mesmo que o que passou jamais voltará a ser o que era, aceitar e reconhecer que houve um esvaziamento e que certas histórias já não se encaixam na nossa vida, que é preciso mudar o disco, sacudir a poeira, aprender a viver de um jeito diferente, deixar de ser quem a gente era e se transformar em quem a gente quer ser.
Admiro aqueles que conseguem encerrar os capítulos com facilidade, isso nunca foi pra mim. Eu sempre li, reli, mudei a redação, refiz algumas partes do texto, imaginei finais diferentes...
Sempre foi muito dolorido encerrar ciclos, embora reconheça que é encorajador saber que a vida nos apresenta infinitas possibilidades de recomeço, muitas maneiras diferentes de escrever um novo texto."
DIA DOS NAMORADOS
FELICIDADE REALISTA
No calendário brasileiro, dia 12 de Junho é dedicado aos namorados. Existem muitas teorias sobre a data: uns dizem que foi criada por São Valentim, um santo namorador, que aterrorizava as gurias carentes, na Roma antiga; outros dizem que é apenas mais uma data para fomentar o comércio; tem quem diz que serve para ganhar pontos com a namorada e a sogra e os mais abusados, colocam a imaginação fértil para funcionar e se recusam a ficar sozinhos, tecendo fantasias loucas para a ocasião.
Mas não importa o verdadeiro motivo. A data é para se comemorar o Amor entre duas pessoas, é uma data de casal. Solteiros, casados, mas eternos namorados.
Ainda que você seja meio avesso a festas e comemorações, não dá para negar que o clima de romance está no ar e a comemoração não precisa ficar restrita apenas à troca de presentes e um beijinho mais ou menos. Dá para ser criativo e tornar esse dia muito especial.
É muito bom a pessoa se sentir lembrada, ganhar um mimo e reverenciada com todos os detalhes que complementam e enriquecem a relação.
Muitas vezes é o excesso de trabalho, em outras é a terrível dor de cabeça que acomete muitas mulheres ou uma discussão boba, que acaba com qualquer clima. Na maioria das vezes, é a tão discutida rotina quem paga o pato.
Namorar o parceiro é, além das implícitas trocas físicas de carinho, transmitir confiança, ser leal, demonstrar admiração e cultivar os objetivos que fizeram com que as pessoas, um dia, decidissem ficar juntas.
A maior função da data é que, pelo menos nesse dia, com tanto apelo que se faz sobre isso, aproveitar para se lembrar de alimentar de sonhos a vida do casal, surpreender um ao outro, inovar e usar a criatividade que ficou guardada na gaveta cerebral, seja por falta de tempo ou de motivação.
Mais que tudo, mostrar ao outro que ele é importante, especial, que alegra a sua vida e que faz muita diferença nela.
E quem não tem um parceiro, como faz para comemorar a data e celebrar o amor?
Mais uma vez tem que usar a criatividade.
Que tal reunir umas amigas e fazerem um encontro com muita conversa boa, uma bebidinha e alegria geral? Só não vale ficar relembrando datas passadas, antigos amores e remoendo tristezas.
Que tal fazer um jantarzinho caprichado só pra você, abrir um vinho, ver um filme? Afinal, você é o seu maior amor e amor próprio precisa ser cultivado e alimentado também.
Não é porque está sem namorado que precisa ser infeliz.
Pense que, talvez, no próximo dia dos namorados você poderá não ter essa oportunidade de estar consigo mesma e se amar, se namorar e até se presentear, de se sentir em paz, de ser uma ótima companhia para si mesma.
Para não ficar infeliz, só por hoje, esqueça que você não tem um parceiro para conversar, dividir a pizza e até dividir a cama e amassar os lençóis. Só por hoje, esqueça que você quer um AMOR com A maiúsculo e que tem esse direito, mas pode ser que ele ainda não tenha chegado ou já se foi...
A realidade é essa? Então, sendo realista, busque ser feliz com o que você tem hoje e não espere para ser feliz no dia em que o parceiro chegar. Se você estiver alegre, bem humorada, se cuidando e se amando, pode ser que a vida te surpreenda e o amor chegue com o inesperado.
Pensando na data e nessas almas solitárias e carentes de um amor, resgatei uns trechos de um texto de Mário Quintana, onde ele fala da felicidade realista:
"...Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem esperar as passarelas, trabalhar sem esperar o estrelato, amar sem almejar o eterno (...) Faça o que for necessário para ser feliz. mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples. Você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber a sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade."
Um Feliz Dia dos namorados para quem tem um amor, para quem procura um amor e para quem acha que não está disponível (isso é bobagem, todos estamos), porque amar é parte fundamental da própria vida. O ser humano não nasceu para viver sem amor, o que acontece é que, ocasionalmente, podemos estar fazendo uma pausa no desejo de amar.
Amar é maravilhoso em sua essência, capaz de realizar grandes transformações no ser humano e pode dar certo sim, desde que se cuide dele com muito carinho e sabedoria e quem sabe, no próximo dia dos namorados, você estará fazendo a viagem a dois, assumindo o risco de demonstrar seu amor, com carinho, muita criatividade e até com um presente, porque não?
MEDO DE AMAR
Um tema sempre recorrente: o medo do amor.
Porque nos protegemos tanto? Porque recuamos quando percebemos que uma "ameaça" nos ronda? Sim, porque para muitas pessoas, o amor é uma ameaça. Ameaça da estabilidade emocional, de colocar nosso coração exposto, ameaça de invasão da intimidade, medo de ferir outras pessoas envolvidas, mas principalmente, o medo da rejeição e do sofrimento quando o amor acabar. Uma coisa é fato: um coração, uma vez rejeitado, será sempre um coração com medo de amar.
Muitas pessoas temem viver o momento presente, fazem planos mirabolantes para o futuro a dois, ou temem que esse futuro não chegue e tentando evitar o sofrimento, antecipam a morte do amor.
É muito triste, principalmente quando a decisão de não partilhar o amor vem de apenas um lado. Se existiu pelo menos um pouquinho de amor, ambos sofrerão, mas aquele que foi rejeitado, esse vivencia a morte em vida. É como diz a escritora Martha Medeiros: uma fratura exposta, um definhar em público, um encolher da alma, um corte profundo que vai do peito até a virilha, um desfazer das crenças e um momentâneo desacreditar de tudo.
Acho que Martha Medeiros descreveu muito bem esse medo do amor, o medo antecipado do sofrimento com o fim do amor:
" Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas, absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe porquê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor para cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência, mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo."
Mas ainda bem que as dores se amenizam, a memória guarda para sempre os bons momentos e existe sempre a possibilidade de que novas folhas, que novas flores desabrochem, na infinita benção do recomeço, para todos nós.
AMOR ÀS PEQUENAS COISAS
Resolvi resgatar um texto que havia publicado anteriormente e um dos poucos que salvei num arquivo do computador. Sempre é bom lembrar de que, nas miudezas da vida, encontramos beleza, que o nosso olhar não pode ser estreito e nos impedir de enxergá-las. Existem belezas em toda parte, precisamos treinar os olhos para vê-las. Não vale a pena valorizar o que não nos acrescenta nada de beleza, amor e alegria.
" Pode parecer uma grande bobagem isso que estou dizendo: Amar as pequenas coisas. Não é.
Quando se é mais jovem, queremos tudo grandioso. Todos os nossos gestos tomam grandes proporções, o sofrimento é imenso por uma pequena rusga familiar; muitos tentam o suicídio por um amor desfeito; muitos abandonam projetos que estavam apenas se delineando.
A juventude é mesmo capaz de grandes gestos e de grandes dramas, porque ainda não aprendeu a amar as pequenas coisas. Quando jovens, somos mais suscetíveis a nos engajarmos com fervor na luta por uma determinada causa; amamos uma música ou o cantor e odiamos outra; temos uma amiga predileta, a quem devotamos afeição e somos capazes de detestar outras tantas, a quem não damos a oportunidade de se mostrar verdadeiramente, assim como um livro que só se lê a capa...
O amor às pequenas coisas deve fazer parte da nossa rotina: amor à família, aos amigos, ao trabalho, a um gesto, um lugar, algo que seja inspirador. Temos muitas pequenas coisas e tantos motivos para amar.
Durante uma viagem ao Chile, longe da minha família e de tudo o que me é familiar, estava achando tudo maravilhoso, conseguindo descansar a mente, convivendo com uma cultura diferente, mas num determinado dia, olhando as águas frias do Pacífico, fui surpreendida por uma saudade repentina de tudo que faz parte do meu dia-a-dia.
O sol não era igual, havia uma certa névoa que deixava a paisagem cinza. Podia me dar ao luxo de levantar, tomar meu café no hotel e sair, andando sem horário, parando onde tivesse vontade e fazendo tudo diferente do que faço diariamente. Acreditam que eu senti saudades de tudo?
Saudade das preocupações com os filhos, das bagunças dos netos, da louça que "brota" na pia, das ruas por onde passo, das plantas que admiro durante minhas caminhadas e até do meu arroz com feijão e um café bem gostoso.
Na medida em que amadurecemos, geralmente aumenta a nossa capacidade de amar essas pequenas coisas, talvez porque saibamos que a cada dia que passa é um dia a menos na nossa trajetória de vida e precisamos valorizá-la enquanto é tempo. A nossa bacia de jabuticabas está diminuindo a cada dia.
Costumamos valorizar demais aquilo que não deve ser supervalorizado, as implicâncias e as chatices nem são tantas assim, também erramos muito e queremos ser desculpados.
Com a vida aprendemos que a tolerãncia não pode ser zero e que o respeito às individualidades de cada um deve vir em primeiro lugar. Mas, o mais importante e que não é todo mundo que aprende é que a vida deve ser levada com bom humor, com alegria e que, se a ssim o fizermos, tudo ficará mais leve, mais fácil."
AMOR DE MÃE
Dizem que amor de mãe é incondicional. E é mesmo.
Depois que um filho nasce, a mãe nunca mais será a mesma, nunca mais esquece aquele instante maravilhoso em que aquele ser se materializou perante os seus olhos, o primeiro choro, o primeiro sorriso, os primeiros passos, a primeira palavra.
É sentir o prazer da procura da mãozinha dele pela sua e do corpinho dele se aconchegando no seu, da boquinha buscando o alimento.
Uma mãe pode ter muitos filhos e ela os amará com a mesma intensidade, respeitando as suas individualidades e dando, a cada um, a atenção e o carinho que só uma mãe sabe dar.
Para cada um deles ela terá o sorriso de ternura, a inquietação com os momentos das enfermidades.
Para cada um deles haverá o misto de alegria e de tristeza no momento de deixá-lo pela primeira vez na escola, de ouvi-lo falar da primeira namorada, da indecisão na hora da escolha da profissão.
Para cada um deles ela terá a eterna preocupação de mãe, quando eles demoram pra chegar, quando acontece uma tragédia e a mãe estará a se perguntar: onde está o meu filho? Ou se perguntará: e se fosse com o meu filho?
Mãe só sossega quando o filho está ao seu lado, debaixo das suas asas protetoras.
Quem passou por tudo isso sabe do que eu estou falando. Eu falo também do incentivo e da assistência para as vitórias e do amparo nas perdas e derrotas.
A mãe também aprende muito com os filhos, embora muitas vezes seja difícil reconhecer isso.
Ser mãe é descobrir que sua vida não tem o mesmo valor se não tiver a companhia e o carinho dos filhos.
É se alegrar com as atenções e ver que o seu amor cresceu, floresceu e está dando frutos e também é se entristecer, quando não enxerga neles o reflexo das virtudes que você se esmerou por ensinar a eles.
Ser mãe é sonhar sim, com o carinho e amparo na velhice.
Das muitas delícias de ser mãe, talvez uma das maiores seja aguardar o momento de ser avó e quando isso se concretiza, poder dizer com a felicidade estampada no rosto:
Sou mãe duas vezes!
O meu carinho a todas as mães e o meu beijo especial à minha mãe e à minha filha, que também é mãe.
Meu carinho à minha prima Sandra, que é mãe do coração dos meus filhos e à minha irmã Rosi, que me deu um sobrinho lindo, para quem eu sou um pouco mãe.
Que todas tenham um lindo dia, cercadas de muito amor!
PRECISAMOS DA ARTE PARA INVENTAR A VIDA
Para aqueles que me perguntam o porquê de viver constantemente buscando novas e variadas formas de arte, eu respondo com duas frases muito interessantes e um trecho de um artigo de Ronaldo Pelli:
" A literatura, como toda arte, é uma confissão de que a vida não basta."
(Fernando Pessoa)
"Depois que a poesia tomou conta, essas coisas a gente não governa. Mas continuo pintando e pensando sobre artes plásticas até hoje. Sobre poesia eu não penso, eu simplesmente faço: a minha poesia nasce do espanto. Qualquer coisa pode espantar um poeta, até um galo cantando no quintal. Arte é uma coisa imprevisível, é descoberta, é uma invenção da vida. E quem diz que fazer poesia é um sofrimento está mentindo: é bom, mesmo quando se escreve sobre uma coisa sofrida. A poesia transfigura as coisas, mesmo quando você está no abismo. A arte existe porque a vida não basta."
(Ferreira Gullar)
Mas o que seria então essa tal de vida, que nos parece tudo e que, ela em si mesma, não dá conta da completude de que necessita o ser humano para se sentir feliz?
Os menos avisados poderiam me dizer: meu avô vivia lá no mato, trabalhava na roça e não precisava dessa tal de arte pra viver.
Ou então: o pescador lança suas redes ao mar, espera o peixe chegar, descarrega no cais e vai pra casa descansar. Ele não precisa dessa tal de arte pra viver.
Ou então: o pescador lança suas redes ao mar, espera o peixe chegar, descarrega no cais e vai pra casa descansar. Ele não precisa dessa tal de arte pra viver.
Já ouvi muita gente dizendo: "Arte não enche barriga, não trabalhe duro pra ver o que acontece"...e tantas outras observações nesse sentido...
Me desculpem esses menos avisados, mas a arte está em toda parte e, por mais simplórios que possamos ser, por mais embrutecidos que venhamos a ser, cada um de nós tem a noção da beleza e a arte atua em nossa vida, nas suas mais variadas formas. Todas elas são necessárias, porque é só através da arte que o homem inventa o mundo em que vive e todos nós estamos em maior ou menor grau, dependentes dela.
O próprio caipira da roça, que tem o privilégio do contato diário com a mãe-natureza, está inventando, criando e recriando a vida, quando aprecia a lua para ver se vai chover e é tomado de um sentimento de encantamento, que o faz lembrar do antigo namoro no portão, do beijo roubado; quando ouve o cantar dos pássaros e sabe que já é época de acasalamento ou de alçar os primeiros vôos. Quando se reúne em volta da fogueira para contar seus causos de saci, onça pintada e vampiros. Também, quando admira o crescimento do pé de café, reconhece a beleza das suas flores e frutos e até quando faz a Quadrilha na festa junina e a Dança do Divino, está inventando a vida, através da beleza da arte.
O pescador, aquele mesmo que aprendeu a conhecer a tábua das marés, é capaz de uma verdadeira obra de arte ao tecer as suas redes. E quando volta pra casa, ele continua inventando a vida, nas conversas de boteco, onde as redes são apresentadas mais cheias que na realidade...
Nós somos constituídos de valores estéticos, religiosos e filosóficos e neles nos apoiamos para dar sentido à nossa vida e tudo isso é arte.
Ronaldo Pelli, escritor e jornalista, também falou sobre isso e, analisando o texto de Ferreira Gullar, diz:
" ...Cada um sabe o que é completamente essencial para a sua vida, mas há um patamar razoavelmente único para todas as pessoas, que podemos chamar de "vida", que é quando a sua razão age para nos mantermos vivos, e prosseguindo. Por alguma razão que não tenho explicação muito clara além das moralistas, os vivos querem se manter vivos... Acho que é nisso que a razão trabalha: para manter a máquina humana rodando, para seguir em frente.
Porém, quando estamos razoavelmente a salvos, quando estamos vivendo em uma situação de conforto mínimo, onde não somos ameaçados diretamente, onde não temos qualquer problema para seguir, a vida, essa vida dura e cotidiana, não é mais o bastante. Queremos mais. Nos sentimos vazios, sem sentido, perdidos e abandonados, nos sentimos caretas, sem graça, cinza, bege, entediados.
A arte trabalha com outros elementos que não a razão. Ela não quer agradar, ela não busca o agrado, ela busca um sentimento que nos tire do chão, que nos leve para um lugar onde não frequentamos nos nossos dias comuns, ela nos entorta a cabeça, nos faz duvidar de tudo o que vivemos até o momento (...) A vida, comum, não é o suficiente, deve-se procurar algo além da vida (...) ficar parado, mesmo que metaforicamente, é o primeiro passo rumo à morte."
Assim é pra mim. Viver sem a dose de adrenalina proporcionada pela apreciação de experiências estéticas é submeter-me ao simples, duro e intragável cotidiano. É estar aqui, na vida, apenas pela sobrevivência e não pela expressão máxima do que é o prazer pela própria vida.
A arte me move, me eleva e me transporta, é graças a ela que ainda continuo encantada pela vida. Bendita arte!
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